São oito estágios rumo à iluminação. Oito preceitos de um sistema filosófico milenar. Oito atitudes que devem ser incluídas integralmente no dia-a-dia de quem busca o equilíbrio perfeito entre o corpo, mente e espírito. São muitas as maneiras de definir, mas todas representam o mesmo conceito: o caminho para atingir a completa libertação da alma.
Há quase cinco mil anos, na Índia antiga, surgiram — espalhadas pelos Vedas (textos sagrados que compõem a base do hinduísmo) — as primeiras referências sobre a filosofia que, mais tarde, viria a ser chamada de yoga. Desde então, ela começou a ser disseminada pelo país, sempre oralmente, de mestre para discípulo.
Todo esse rico conhecimento só seria sintetizado em um texto escrito séculos depois. O empreendedor da tarefa foi Patanjali, considerado o pai da filosofia. Seus escritos, chamados Yoga Sutras, datam do século 2 a.C. e são um conjunto de 196 textos curtos que guardam profundos significados e ensinam, por meio de oito passos, o caminho rumo à iluminação.
1) YAMAS
O primeiro é seguir os yamas, cinco princípios básicos de disciplina, que são:
Ahimsa: não praticar a violência;
Satya: falar a verdade;
Asteya: não roubar, desapego de bens materiais;
Brahmacharya: direcionar com consciência os impulsos sexuais;
Aparigraha: desapego emocional, libertar-se de sentimentos que causam sofrimento.
Ahimsa: não praticar a violência;
Satya: falar a verdade;
Asteya: não roubar, desapego de bens materiais;
Brahmacharya: direcionar com consciência os impulsos sexuais;
Aparigraha: desapego emocional, libertar-se de sentimentos que causam sofrimento.
2)NIYAMAS
Juntamente com os yamas, os niyamas formam uma espécie de “código de ética yogue” ao qual o praticante deve se dedicar com toda seriedade, habilidade e conhecimento. Acompanhe:
Saucha: pureza. Envolve desde limpeza corporal, alimentação saudável e prática de exercícios físicos, até livrar a mente de sentimentos negativos e perturbadores.
Samtosha: contentamento. Refere-se à alegria de receber todas as coisas na vida como um aprendizado e dedicar-se a qualquer tarefa, por mais que nos desagrade.
Tapas: austeridade. É esforçar-se, acreditar e ter força de vontade para alcançar um objetivo e não desistir diante de uma privação mais dura.
Svadhyaya: autoconhecimento e estudo dos textos sagrados.
Ishvara: rendição a Deus. Só é possível atingir essa fase quem já desenvolveu a habilidade de praticar todas as premissas anteriores, abrindo mão de seu orgulho e egoísmo.
Samtosha: contentamento. Refere-se à alegria de receber todas as coisas na vida como um aprendizado e dedicar-se a qualquer tarefa, por mais que nos desagrade.
Tapas: austeridade. É esforçar-se, acreditar e ter força de vontade para alcançar um objetivo e não desistir diante de uma privação mais dura.
Svadhyaya: autoconhecimento e estudo dos textos sagrados.
Ishvara: rendição a Deus. Só é possível atingir essa fase quem já desenvolveu a habilidade de praticar todas as premissas anteriores, abrindo mão de seu orgulho e egoísmo.
3)ASANAS
As conhecidas posturas corporais do yoga também fazem parte dessa jornada. De extrema importância dentro da filosofia, sua prática é responsável por fazer a energia fluir livremente pelo corpo, diminuindo, assim a dualidade entre nossos aspectos físicos e mentais.
4)PRANAYAMAS
Mais do que um simples “inspirar e expirar”, os pranayamas são técnicas respiratórias sutis, que envolvem quatro importantes fases: inspirar, manter o ar nos pulmões, expirar e permanecer um tempo com os pulmões vazios. O objetivo, além de desenvolver a capacidade respiratória, é direcionar a energia sutil (prana) para os diversos chakras.
Mais do que um simples “inspirar e expirar”, os pranayamas são técnicas respiratórias sutis, que envolvem quatro importantes fases: inspirar, manter o ar nos pulmões, expirar e permanecer um tempo com os pulmões vazios. O objetivo, além de desenvolver a capacidade respiratória, é direcionar a energia sutil (prana) para os diversos chakras.
5)PRATYAHARA
É o exercício de acalmar a mente e prepará-la para a meditação, uma transição entre as quatro primeiras fases (essencialmente práticas) e as três últimas (quando o trabalho mental passa a ser o único foco). Nessa introspecção dos sentidos, o importante é serenar os pensamentos e permanecer imune aos estímulos exteriores.
É o exercício de acalmar a mente e prepará-la para a meditação, uma transição entre as quatro primeiras fases (essencialmente práticas) e as três últimas (quando o trabalho mental passa a ser o único foco). Nessa introspecção dos sentidos, o importante é serenar os pensamentos e permanecer imune aos estímulos exteriores.
6)DHARANA
O sexto estágio e o exercício da concentração absoluta. Dharana é focar a mente em um único ponto, evitando ao máximo o vai-e-vem da mente e se preparando, dessa forma, para o real estágio meditativo. Repetir mantras e manter o olhar fixo nas bruxuleantes chamas de uma vela são algumas das sugestões que os Yoga Sutras trazem para que se consiga cumprir essa etapa, que exige tanto esforço e dedicação.
O sexto estágio e o exercício da concentração absoluta. Dharana é focar a mente em um único ponto, evitando ao máximo o vai-e-vem da mente e se preparando, dessa forma, para o real estágio meditativo. Repetir mantras e manter o olhar fixo nas bruxuleantes chamas de uma vela são algumas das sugestões que os Yoga Sutras trazem para que se consiga cumprir essa etapa, que exige tanto esforço e dedicação.
7)DHYANA
A um passo de se atingir a iluminação, o dhyana é a verdadeira meditação, o momento em que confusões da mente, finalmente, cessam. A experiência não é para qualquer um: extremamente difícil de ser conquistada, exige anos e anos de prática e dedicação. Quem chega lá, no entanto, garante que nada é tão compensador: a sensação é de paz suprema, os problemas do dia-a-dia passam a ser vistos como questões simples de serem resolvidos e o momento presente passa a ser mais importante na vida.
A um passo de se atingir a iluminação, o dhyana é a verdadeira meditação, o momento em que confusões da mente, finalmente, cessam. A experiência não é para qualquer um: extremamente difícil de ser conquistada, exige anos e anos de prática e dedicação. Quem chega lá, no entanto, garante que nada é tão compensador: a sensação é de paz suprema, os problemas do dia-a-dia passam a ser vistos como questões simples de serem resolvidos e o momento presente passa a ser mais importante na vida.
8)SAMADHI
Resultado final desse longo processo, samadhi é o estado no qual a consciência é iluminada pela luz divina. Segundo alguns mestres yogues, é o momento em que todo o amor está direcionado para o ser supremo e o indivíduo fica inteiramente ligado e absorvido por Ele (semelhante ao estado de moksha, no hinduísmo).
Resultado final desse longo processo, samadhi é o estado no qual a consciência é iluminada pela luz divina. Segundo alguns mestres yogues, é o momento em que todo o amor está direcionado para o ser supremo e o indivíduo fica inteiramente ligado e absorvido por Ele (semelhante ao estado de moksha, no hinduísmo).
O samadhi é a consequência da aplicação perfeita dos sete princípios anteriores, quando não há mais nenhuma correção a fazer e a mente humana atingiu seu mais alto grau de perfeição. A recompensa; uma sensação de bem-estar e plenitude que vem de dentro, que independe de qualquer fator externo.
Fonte: Revista Yoga e Saúde/05
Fonte: Revista Yoga e Saúde/05
http://verdademundial.com.br/
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