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sábado, 2 de dezembro de 2017

Como dar vida às nossas vidas


As Transformações Começam Conosco
Monja Coen
Há um antigo ditado japonês:
"Se houver relacionamento, faço; se não houver relacionamento, saio". 
Um Mestre Zen, no final do século passado, fez a seguinte alteração:
"Havendo relacionamento, faço; não havendo, crio relacionamento".

Essa mudança de paradigma é extremamente importante. Devemos também lembrar que criar um relacionamento não significa, necessariamente, obter resultados imediatos, embora muitas vezes estes ocorram.
Novos relacionamentos em padrões antigos perdem seu significado. Precisamos criar relacionamentos a partir de novas maneiras de nos relacionar, de ver o mundo, de ser, de inter ser. Essa nova maneira pode, inclusive, recarregar de energia positiva antigos relacionamentos.
Para descobrirmos novas maneiras precisamos, primeiramente desenvolver a capacidade de perceber como estão nossos relacionamentos atuais.
Observe e considere meticulosamente a si mesmo. Perceba como está se relacionando em casa, na rua, no trabalho, no lazer. Perceba como respira, como anda, como toca nos objetos, como usa sua voz, como são seus gestos e como são seus pensamentos e os não pensamentos. Esse observar não deve ser limitante, constrangedor, confinador. Apenas observe. Como você se relaciona com o meio ambiente, biodiversidade, reciclagem, justiça social, melhor qualidade de vida, guerras, violência, terror, paz, harmonia, respeito, garantia dos Direitos Humanos? Como você e o seu logos se relacionam entre si e em relação aos projetos de sucesso, de lucro, de desenvolvimento e progresso de sua organização?
Como está se relacionando com o mais íntimo de si mesmo, com a essência da Vida, com o Sagrado?
Será que é capaz de ver, ouvir, sentir e perceber a rede de inter relacionamentos de que é feita a vida? Percebe e leva em consideração, na tomada de decisões, a interdependência?
Tanto individualmente, como no coletivo, nossa participação e compreensão como estão? Será que estamos conscientemente vivendo nossas vidas e direcionando nossos pensamentos, ações e palavras para o sentido de mudança que queremos e sonhamos?
Mahatma Gandhi disse: "Temos de ser a transformação que queremos no mundo".
Geralmente pensamos no mundo como alguma coisa distante e separada de nós, mas nós somos a vida do universo em constante movimento. Podemos até dizer que o mundo somos nós. Nossa vida forma o mundo, é o mundo, não apenas está no mundo. Inclui todas as formas de vida e seus derivados e nos inclui neste instante, instante após instante. Há um monge chinês do século VII, Gensha Shibi , que dizia : "O Universo é uma jóia arredondada. Somos a vida desse universo em constante transformação. Nada vem de fora, nada sai para fora".
De momento a momento tudo está mudando, nós fazemos parte dessa mudança e podemos escolher, discernir qual o caminho que queremos dar a esse constante transformar. É por isso que digo que a transformação começa em nós. Na verdade vai além de apenas começar. É em nós. Nossa capacidade humana de inteligência e compreensão nos permite fazer escolhas. E o que estamos escolhendo?
Outra frase de Mahatma Gandhi:
"Quando uma pessoa dá um passo em direção à Paz, toda a humanidade avança um passo em direção à Paz"

A minha decisão, a sua decisão pode transformar ou influenciar a direção da mudança.
Há um sutra budista que descreve o mundo como uma rede de inter relacionamentos. Como se fosse uma imensa teia de raios luminosos e em cada intersecção uma jóia capaz de receber essa luz e emitir raios em todas as direções. Qualquer pequena mudança afeta o todo. Cada ser que se transforme em um ser de paz, de harmonia, de ternura, carinho e respeito pela vida em todas as suas formas estará sendo uma mudança viva e influenciando tudo e todos.

Qual o primeiro passo? Conhecer a si mesmo. Conhecer nossos mecanismos.
O que nos afeta, nos incomoda? O que nos alegra? O que nos irrita? Como transformar a raiva em compaixão? Como transformar o desafio em competição leal, justa, empreendedora, enriquecedora? Sem nos preocuparmos com os créditos, se formos capazes de fazer o bem, não fazer o mal, fazer o bem aos outros estaremos transformando nossos lares, nossas amizades, nosso ambiente de trabalho, nossas organizações, nossas cidades, estados, países, nações, mundo... e a nós mesmos...no florescimento da Cultura da Paz.
"Estudar o Caminho de Buda é estudar a si mesmo. Estudar a si mesmo é esquecer-se de si mesmo. Esquecer-se de si mesmo é ser iluminado por tudo que existe. Transcender corpo e mente seu e dos outros. Nenhum traço de iluminação permanece e a Iluminação é colocada à disposição de todos os seres." (Mestre Zen Eihei Dogen - 1200-1253)
É importantíssimo que iniciemos este "estudar a si mesmo", já. Cada um de nós que perceber seu próprio mecanismo ficará em controle desse mecanismo e não mais à mercê de seus sentimentos e emoções, desejos e frustrações, puxado, empurrado, espremido e puxando, empurrando, espremendo - envenenados pela ganância, raiva e ignorância.
Imagine um mundo aonde podemos brilhar uns para os outros, sem ódios, mas com carinhoso respeito e terna compreensão. Percebendo nossas diferenças, aceitando a diversidade da vida e juntando nossas capacidades tanto intelectuais como físicas na construção desse verdadeiro Céu, Paraíso, Terra Pura, Shambala de que falam as religiões, todas elas.
Cabe a nós, a cada um de nós criar esse relacionamento de carinho com a vida, de ternura com todos os seres, de compreensão, de sabedoria e compaixão para percebermos o Caminho Iluminado e o Nirvana permeando toda a existência.
Isso é dar vida à nossa própria vida.

* * *

http://www.monjacoen.com.br

domingo, 30 de julho de 2017

1º CONGRESSO - DESPERTAR

Aquele que despertou para a Verdade não se identifica mais com qualquer objeto, pensamento, pessoa ou emoção. Ele não sofre decepções, pois está livre de expectativas. Ele é uno com o fluxo natural da manifestação, com a dança natural da energia cósmica tal como aparece em seu corpo. Embora o condicionamento possa ainda se manifestar, não há associação interior com ele. Assim ele permanece naturalmente livre. Ao não se identificar com a memória pessoal, todo o ruído do condicionamento se dissolve. O próprio conceito de condicionamento, reconhecido como mero pensamento, dilui-se gradualmente com o tempo.
Sri Mooji ॐ

sábado, 10 de junho de 2017

CAMPOS VIBRACIONAIS: COMPREENDENDO A 'ÁGUA' EM QUE ESTAMOS MERGULHADOS

 

Compreender a forma como ativamos o melhor ou o pior em nós e no outro, atuando sobre o campo vibracional, é quase como um peixe compreender a água em que está mergulhado.
A real noção dessa responsabilidade que temos sobre os nossos atos é tão gigante e intensa que, muitas vezes, não conseguimos encará-la. No entanto, se bem compreendida, ela pode ser leve, pode ser doce, pode ser vivida passo a passo. Quanto mais focada em cada pequena expressão de nosso ser, tão mais substancial e iluminada essa consciência será.
Para apreendermos um pouco dessa água em que estamos mergulhados, precisamos falar de comportamentos humanos culturalmente repassados, de geração em geração. Vamos a alguns deles:
- Para fazer valer quem somos precisamos nos sentir melhores do que o outro, desavisados de que, quanto melhor estiver o outro, melhor estaremos, posto que vivemos numa rede absolutamente interdependente.
- Em muitos momentos, ao sinal de qualquer contrariedade, sentimos, falamos, apontamos e esperamos o pior das pessoas. Seja de nós mesmos, do cônjuge, dos filhos, dos colegas com quem convivemos. Junto com a exclusão de cada um deles, empobrecemos.
- Ainda que interdependentes, cada um tem seu caminho único, exclusivo, específico a desbravar e criar. A cada interferência com intenção de controle ativo do resultado, estamos perdendo o foco (e a energia) da própria caminhada e atrapalhando ou despotencializando o caminhar do ser que nos julgamos no papel de exigir uma resposta à nossa maneira.
- Não conseguimos abraçar a sombra, os “aindas-em-aprendizado”. Então, projetamos para fora tudo aquilo que não abraçamos, integramos e conciliamos dentro.
- Agimos de um lugar de desconexão desta rede, nos conectando a um sentimento de insegurança. Desligados da Fonte, ou seja, da confiança de que existe uma Ordem Maior de Amor nos conduzindo, caímos na ilusão de que “precisamos estabelecer controle, ou tudo irá de mal a pior”.
- Assim, começamos a impor ao mundo a nossa forma pessoal de sentir, pensar e agir. Passamos a cobrar que as pessoas façam do nosso jeito, ou tudo pode dar errado.
Pode parecer cansativo, dual e incômodo reconhecer cada um desses lugares em nós... Eu sei. Mas nessas horas me convido à firmeza de persistir, pois é na sombra que estão nossos grandes aprendizados e potenciais de luz. Ao olhar para esses comportamentos e perscrutá-los com atenção e auto-amor, vamos mais além.
No contexto da ativação do melhor e do pior em nós e nos outros, conhecer esses mecanismos nos permite compreender a forma como estamos emaranhados com as pessoas que nos cercam, e como nosso campo pessoal atua sobre os deles.
A ESCOLA DA CONVIVÊNCIA
Certa vez, há muitos anos atrás, um amigo meu me disse: “Dani, estamos nesse mundão de Deus pra (gente) se relacionar (com as pessoas)”. Naquela época eu me senti muito mexida com essa frase, e ela nunca mais saiu de mim. Foi um momento de encontro com A Verdade, aquela que tanto nos toca e nos liberta.
Esses emaranhamentos, e cada um deles, são os instrumentos de que a professora Vida se serve para nos ensinar. Ao mesmo tempo que são mapa da mina, fiquemos atentos para que a gente use o tesouro e não o contrário. Quem manda em quem? Falo isso porque em muitos momentos nos deparamos com a imensa tentação de nos apegarmos aos “rolos”, nos vitimizarmos e ficarmos por ali, lambendo o chão das zonas estéreis das lamentações.
E conforme vamos nos dando conta do caminho do meio que existe entre conviver e invadir; entre estender a mão e aprisionar alguém, cobrando multas e juros em seguida; entre amar e exigir; vamos percebendo quanta riqueza temos a desenvolver em nossa própria história, e passamos a fluir e passear pelas pessoas com quem convivemos, com beleza, inteireza, admiração pelo tempo evolutivo de cada um. Enfim, com embevecimento pelos seus tempos e processos internos – sejam como sejam.
Desistimos de querer salvá-los ou apontar o melhor rumo a seguir. Num movimento de humildade, nos recolhemos tão somente ao nosso próprio – e suficiente – lugar. Tratamos de fazer o melhor de nossas vidas, deixando brilhar nossa própria luz que, como diz Mandela, é a melhor maneira de, inconscientemente, permitir que os outros façam o mesmo. Seguimos focados em amar e alegrar os caminhos por onde passamos. Espelhamo-nos uns aos outros, aprendemos com isso, mas estamos sempre focados naquilo que tão somente nos cabe.
DESCOBRINDO A BELEZA DOS “AINDAS”
Indulgência. Nesta palavra, em latim, estão os sufixos in-dulce – doçura dentro. Quando nos deparamos com algum aspecto em construção em nós e no outro, as “incapacidades-ainda”, podemos olhar também para o que já está lá. Ou seja, para a capacidade de florescer e de acertar.
Uma criança que ainda não aprendeu a andar tem em si todas as possibilidades de, amparada, poder dar um passo após o outro. Mas se os pais desistirem dela e disserem: “esta definitivamente não anda”, o esforço dela precisará ser ainda maior na vida. Os pais terão perdido a oportunidade preciosa de apostar nos “aindas” da criança. Precisamos ter calma e acreditar que nossos "aindas" serão, no tempo certo, novas realidades.
Para isso, o foco precisa estar na confiança de que a Vida que habita a todos, o Amor que de nós se serve, irá trazer as oportunidades perfeitas para que cada um, a seu tempo, floresça. Basta a gente não atrapalhar muito. E à medida que pudermos atuar no apoio dessas pessoas, não como um professor ou salvador, mas como alguém que está ao lado, incentivando, sendo belo em seu próprio caminhar e estimulando o outro a desenvolver seu próprio percurso, estaremos entregando o nosso melhor ao mundo.
Sou apaixonada pela palavra “ainda”, que sorvi da fonte de sabedoria de minha amada mamãe. Simplesmente porque o “ainda” guarda em si todas as potências do Amor em Movimento. É uma palavra que sugere: algo em mim (e no outro) está em curso e chegará lá! Simplesmente amo a liberdade, a fé e a confiança que esta palavra desperta em mim.
CONVITE A MIM MESMA (E QUE TALVEZ POSSA SERVIR, TAMBÉM, A VOCÊ)
Nesse lugar mais livre, permito-me olhar para meus processos com calma, com leveza, auto-amor, e assim fico mais forte e nutrida para olhar para cada um dos professores que a Vida nos traz. Os observo com calma, acolho suas necessidades, converso com eles num processo de profunda empatia.
Amparada pelo Evangelho de Jesus, convido-os a vivenciar – devagar – a Boa Nova e, juntos, vamos amadurecendo e ensaiando novos pensamentos, sentimentos, palavras, atitudes e hábitos.
Deste lugar, plena de auto-amor e indulgência por mim mesma, passo a ter isso para oferecer aos outros. Olhando-os com as mesmas posturas, ativo seus campos de florescimento, posto que há coerência interna em mim para tanto.
Explica-se, assim, o “como a ti mesmo” da regra de ouro de Jesus: “Ame ao próximo, COMO A TI MESMO”. O "fora" sempre nos estimula e instiga, mas ganha força dentro: ativando nosso próprio campo interior e, então, ativando o campo do outro da forma mais livre, bonita e consciente que pudermos expressar, momento a momento.
(Daniela Migliari, 26 de maio de 2017, num voo entre São Paulo e Brasília)
*TEXTO 5 DA SÉRIE*: _A alegria de co-criar o mundo com responsabilidade e amor_ – Uma reflexão sobre como ativamos o melhor e o pior em nós e nos outros.

quarta-feira, 7 de junho de 2017

OSHO E A ENERGIA FEMININA

Sim, Gurdjieff disse que uma mulher não pode alcançar a iluminação exceto através de um homem – e ele está certo. Ele está certo porque a energia feminina difere da energia masculina. É como alguém dizer que só uma mulher pode dar à luz a uma criança. Um homem não pode dar à luz a uma criança. A estrutura física da mulher carrega um ventre, a estrutura física de um homem é sem útero – ele pode ter um filho somente através de uma mulher. E o mesmo em ordem inversa acontece no nascimento espiritual: a mulher pode ficar iluminada somente através de um homem. Sua energia espiritual é diferente também, assim como a sua parte física. Por quê? Por que isso acontece? 
Lembre-se, esta não é uma questão de igualdade ou de desigualdade – esta é uma questão de diferenças. 
Mulheres não são menores do que os homens porque elas não podem atingir diretamente a iluminação; o homem não é inferior a mulher, porque ele não pode dar à luz uma criança diretamente. Eles são diferentes. Não há dúvida de igualdade ou desigualdade, não é uma questão de avaliação. Eles são simplesmente diferentes, e isso é um fato. 
Porque é difícil para a mulher atingir a iluminação diretamente? E por que para o homem é que é possível atingir a iluminação diretamente?

Há duas maneiras, basicamente apenas duas maneiras que levam à iluminação. Uma delas é a meditação e a outra é o amor. Você pode chamá-los Gyana Yoga e Bhakti Yoga – o caminho da sabedoria e o caminho da devoção. As formas básicas são apenas duas.
O amor precisa do outro, a meditação pode ser feita sozinho. O homem pode alcançar através da meditação – e é por isso que ele pode alcançar diretamente. Ele pode estar sozinho. No fundo, ele está sozinho. Solidão vem naturalmente para o homem. Para uma mulher estar sozinha é difícil, muito difícil, quase impossível. Todo o seu ser é um desejo profundo de amor, e por amor, o outro é necessário. Como você pode amar, se o outro não está lá? Você pode meditar se o outro não está lá – não há nenhum problema.
As mulheres; a energia feminina, atinge o estado meditativo através do amor e a energia masculina atinge o amor através da meditação. Um Buda torna-se uma grande força amorosa – mas através da meditação. Quando Buda voltou para o seu palácio, sua esposa estava muito incomodada, naturalmente, porque há doze anos ele não havia 
mostrado o seu rosto. Uma noite, ele tinha simplesmente desaparecido, sem dizer nada a ela. Enquanto ela dormia, ele escapou como um covarde. 

A esposa de Buda, Yashodhara, lhe teria permitido ir embora. Ela era uma mulher corajosa. Se Buda tivesse lhe pedido, ela lhe teria permitido, não teria havido nenhum problema com isso, mas Buda não pediria. Ele estava com medo que alguma coisa pudesse dar errado, ela poderia começar a chorar, lamentar ou algo assim. 
Mas o medo não foi por causa dela – o medo era no fundo de si mesmo. Ele estava com medo de que seria difícil para ele deixar Yashodhara chorando. O medo é sempre de si mesmo. Seria muito cruel e ele não podia ser tão cruel, por isso era melhor fugir enquanto sua esposa estava dormindo. Então, ele fugiu, e depois de 12 anos voltou. 
Quando voltou, Yashodhara lhe perguntou muitas coisas. Uma das coisas foi: Diga-me, tudo o que você alcançou lá, você não poderia ter alcançado aqui, vivendo comigo? Agora que você já atingiu você pode me dizer. 
Diz-se que Buda permaneceu em silêncio. Mas eu respondo: Buddha não poderia ter atingido, porque um homem profundamente apaixonado… e ele estava profundamente apaixonado por Yashodhara, era uma relação muito íntima. Se não tivesse havido nenhuma relação com Yashodhara, se ela tivesse sido simplesmente uma esposa hindu, onde não há amor no relacionamento, então Buda poderia ter despertado até mesmo vivendo com ela. Então, realmente não haveria nenhum problema. Quando o outro está lá na periferia, quando não estão relacionados. Se você não estiver relacionado, o outro não existe – apenas uma presença física se movendo nas beiradas.
Mas Buda estava em profundo amor. E é difícil para um homem alcançar a meditação quando ele está em amor – este é o problema. Muito difícil, porque quando ele está apaixonado, quando ele se senta em silêncio, o outro surge na mente, todo o seu ser começa a se mover em torno do outro. Esse era o medo, é por isso que Buda escapou. 
Ninguém falou sobre isso antes, mas Buda escapou daquela casa, da esposa, do filho, porque ele realmente os amava. E se você ama uma pessoa, então quando você estiver ocupado você pode esquecê-la, mas quando você está desocupado o outro virá à memória imediatamente, e então não há espaço para o divino entrar. Quando você está ocupado, trabalhando em uma loja, ou…. Buda estava em seu trono cuidando dos assuntos do reino, então ele estava bem – ele poderia esquecer Yashodhara. Mas sempre que ele não estava ocupado, havia Yashodhara – a lacuna foi preenchida por Yashodhara e não havia passagem para o divino entrar.
O homem não pode alcançar o divino através do amor. Toda a sua energia é totalmente diferente da energia feminina. 
Primeiro, ele deve atingir a meditação – então o amor acontece para ele. Então não há problema. Primeiro, ele deve chegar ao divino, então a pessoa amada também se torna divina. 

Após doze anos, Buda volta. Agora não há nenhum problema, agora em Yashodhara há Deus.
Antes, Yashodhara era demais, e foi difícil encontrar a Deus. Agora, o Deus está totalmente lá, não há espaço para Yashodhara. Para uma mulher acontece totalmente o oposto. Ela não consegue meditar, porque todo o seu ser é um impulso em direção ao outro. Ela não pode ficar sozinha. Sempre que ela está sozinha, ela está na miséria. Então, se você diz: Estar sozinho é bem-aventurança, ficar sozinho é um êxtase – uma mulher não pode compreendê-lo. Esta ênfase na solidão existe em todo o mundo por causa de muitos candidatos que são homens – um Buda, um Mahavira, um Jesus, um Maomé. Todos eles entraram em solidão, e eles só despertaram em solidão. Eles criaram o ambiente.

Uma mulher, sempre que sozinha, sente angústia. Se houver um amante, mesmo em sua mente, ela está feliz. Se alguém te ama, se alguém é amado – se o amor existe em torno de uma mulher, que se nutra dela. É um alimento sutil. Sempre que uma mulher sente que o amor não existe, ela simplesmente passa fome, sufocando, sendo que o todo se encolhe. Então, uma mulher nunca pensa que pode ser feliz na solidão. 
Esta energia feminina criou o caminho do amor e da devoção. Mesmo um amante divino a terá – não há necessidade de encontrar um amante físico. Krishna realizará para Meera, não há problema, porque para Meera o outro existe. Ele poderá nem  estar lá, Krishna pode ser apenas um mito, mas para Meera ele é, o outro existe – e, em seguida, Meera estará feliz. Ela poderá dançar, ela poderá cantar, e ela se nutrirá. 
No cerne da ideia, na imensa noção e sentimento que o outro existe e o amor existe, leva a mulher a se sentir preenchida, realizada.  Ela estará  feliz, viva. Só com este amor ela chegará a um ponto em que a amante e o amado se torna um. Em seguida, a meditação acontecerá. Para a energia feminina, a meditação acontece apenas na incorporação mais profunda do amor. Então, ela pode estar sozinha, então não há problema – assim ela nunca estará sozinha – o amado se fundiu com ela, agora ele está dentro dela. 
Meera, Radha ou Teresa, todas elas alcançaram a iluminação através de um amante – Krishna, Jesus. 
Meu sentimento é, que sempre que um buscador do sexo masculino vem a mim, ele está interessado em meditação, e sempre que um buscador do sexo feminino vem a mim ela está interessada em amor. Ela pode se tornar interessada ​em meditação se eu digo que o amor vai acontecer com ela. Mas seu desejo profundo é o amor. O amor é Deus para uma mulher 

Essa diferença tem que ser entendida; compreendida profundamente, pois tudo depende disso – e Gurdjieff está certo. Energia feminina busca o amor, e através do amor florescerá o estado meditativo, o samadhi. Satori virá, mas, no fundo, nas raízes será amor e satori será a flor. Para a energia masculina, satori estará nas raízes, samadhi estará nas raízes, a meditação estará nas raízes, e então o amor florescerá. Mas o amor será uma floração. 
Quando os buscadores do sexo feminino vem a mim…isto está fadado a acontecer: elas vão sentir mais amor, e então, um parceiro físico será menos satisfatório. Sempre que há um profundo amor, um parceiro físico será insatisfatório, pois o parceiro físico pode cumprir apenas na periferia, ele não pode cumprir no âmago. 
É por isso que, nos países antigos, como a Índia, que nunca permitiu o amor – nós permitimos que os casamentos sejam  arranjados. Uma vez que o amor é permitido, o parceiro físico vai ser insatisfatório, mais cedo ou mais tarde, e em seguida, haverá frustração. 
Agora, todo o Ocidente está perturbado. Desta forma não haverá se quer satisfação. Uma vez que você permite o amor, um homem comum não pode cumpri-lo. Ele pode cumprir com sexo, ele pode cumprir o lado superficial, mas ele não pode cumprir na profundidade. Uma vez que a profundidade esteja funcionando, depois de te-lá perturbado, somente Deus pode satisfazê-la, ninguém mais. Então, quando os buscadores do sexo feminino vem a mim, sua profundidade fica em choque. Elas começam a sentir um novo impulso, um novo amor surgindo. Agora seus maridos, seus namorados ou seus parceiros não serão capazes de satisfazê-las.  A partir disto só podem ser satisfeitas por uma elevada qualidade de ser. Isto está fadado a acontecer assim.  Desta forma, seu namorado ou seu marido, tem de se tornar mais meditativo, criar maiores qualidades de ser … só então o encontro será gratificante. Caso contrário, o relacionamento vai se romper, a ponte não permanecerá, você terá que encontrar um novo amigo. E se não for possível encontrar um novo amigo – como teve que acontecer com  Meera – então você terá que amar o divino e esquecer o contato físico não será mais para você. 
O mesmo acontece com os buscadores do sexo masculino, mas de uma forma diferente. Quando eles vêm até amim, eles se tornam mais meditativos. Quando eles se tornam mais meditativos, a ponte entre os velhos parceiros é quebrada, torna-se instável. Agora, sua namorada ou sua esposa tem que crescer, caso contrário, a relação fica trincada, não pode ser mantida. 
Lembre-se disso, todos os nossos chamados relacionamentos, são ajustes. Se um muda, o ajuste está quebrado – para melhor ou para o pior, e este não é o ponto. As pessoas vêm a mim e dizem: Se a meditação traz qualidades superiores, então por que o relacionamento é quebrado? Essa não é a questão. A relação foi um ajuste entre duas pessoas como eles eram. Agora, uma mudou, a outra tem que crescer, caso contrário haverão problemas e as coisas se tornarão falsas.
Sempre que um homem está aqui, ele se torna mais meditativo. Quanto mais meditativo ele está, mais ele quer ficar sozinho. A esposa, a amada, ficará perturbada com isto. Se ela não estiver entendendo, então ela vai começar a criar problemas – este homem quer estar mais sozinho. Se ela tem o entendimento, então não há problema, mas essa compreensão só pode vir a ela se seu amor crescer. Se ela se sente mais amorosa, então ela pode permitir que este amigo esteja solitário, sozinho, e ela vai proteger a sua solidão. Ela vai tentar ver que não é perturbada – este será o seu amor agora. E se esse homem se sente … se Buda sente que Yashodhara está o protegendo, cuidando, vendo com carinho, que sua meditação não é perturbada, que o silêncio é ajudado, então não há necessidade de escapar desta Yashodhara. Mas isso só acontece se o amor de Yashodhara crescer. Quando a meditação de um homem está crescendo, o amor de uma mulher deve crescer. Só então eles podem manter o ritmo, e surgirá uma harmonia maior e assim continuará a crescer mais e mais. 
Chega um momento em que o homem está totalmente em meditação e a mulher está  totalmente apaixonada – só então o encontro é perfeito, apenas o real, o orgasmo supremo entre duas pessoas. Não física, não sexual – Total! Duas existências de encontro em si, se dissolvendo. Em seguida, a amante torna-se a porta, o amado torna-se a porta, e ambos se tornam um. Assim, todo aquele que vem a mim, deve vir perfeitamente consciente de que é perigoso ficar perto de mim. Seus arranjos antigos serão perturbados – e eu não posso ajudá-los. Eu não estou aqui para ajudar os seus ajustes. Isto você deve decidir. Eu posso ajudá-lo a crescer – crescer em meditação, crescer no amor. Para mim, ambas as palavras significam a mesma coisa, porque elas convergem para o mesmo fim.
Osho – trecho do livro Meu Caminho,O Caminho das Nuvens Brancas.

sábado, 20 de maio de 2017

Reiki, Amor e Sexo


O Reiki é uma técnica que trabalha a evolução de consciência e o desenvolvimento do amor incondicional - o amar sem esperar nada em troca, o amor que se completa por si mesmo. Uma das formas na qual esse sentimento se desenvolve é através do relacionamento amoroso - namoro ou casamento sérios. Sim, sérios: o relacionamento raso, o prazer pelo prazer, não é amor, não eleva nem evolui - isso quando não contribui para maior deterioração da consciência.

Casais podem ser iniciados no Reiki juntos, e mesmo alguns reikianos começam a namorar tendo o Reiki como algo em comum. Pode acontecer também de um namorado ser reikiano e o outro não, ou mesmo um deles não gostar de Reiki - seja por preconceito, seja por uma má experiência. Se realmente há comprometimento entre o casal, o respeito deve falar mais alto. Nunca se deve forçar alguém, por mais íntimo que seja, a receber Reiki, assim como refletir se o companheiro começa a questionar sua prática e/ou sugerir largá-la. Mesmo o Reiki trabalhando com o Amor Maior, abandoná-lo não significa exatamente um regresso evolutivo, se feito com consciência e pelo mesmo Amor.



É muito gostoso quando um casal troca Reiki entre si, já que há maior intimidade entre ambos. O próprio contato amoroso fica mais profundo. Crescer com a pessoa amada é especial: um ajuda o outro a superar as dificuldades e fazer o melhor um pelo outro. Ambos saem ganhando juntos. Quanto maior a troca de energias entre si, maior a "sintonia". Essa sintonia que faz um casal pensar a mesma coisa ao mesmo tempo, ou mesmo seguir as mesmas linhas de pensamento, de forma complementar ou não.



São os laços coloridos citados pela Barbara A. Brennan em Mãos de Luz, que ligam as pessoas das mais diversas formas: laços sociais, laços amorosos, entre outros. Eles "laços" são elos energéticos nos quais energias são trocadas ao longo do tempo. Rompimentos de relacionamentos "quebram" estes laços, causando dor e sofrimento. O Reiki pode atuar tanto amadurecendo estes elos quanto os afrouxando de forma saudável, dentro do que se passa pelo casal.



Apesar de alguns mestres pedirem aos seus alunos para não terem relações sexuais antes e depois do processo de iniciação, acredito que quando feita com o companheiro - em especial um relacionamento sério - deve ser mantida. Compartilhar o processo de iniciação com a pessoa amada, sentir o novo fluxo energético. As mudanças que ocorrem com o reikiano também afetam a outra pessoa, mesmo que esta não o seja.


terça-feira, 16 de maio de 2017

Solidão x Solitude


Perguntaram a Osho: Eu sofro imensamente de solidão. O que posso fazer sobre isso?
Osho respondeu:
“A escuridão da solidão não pode ser combatida diretamente. Isso é algo essencial que todos devem entender, que existem algumas coisas fundamentais que não podem ser modificadas. E este é um dos fundamentos: você não pode lutar com a escuridão diretamente, com a solidão diretamente, com o medo do isolamento diretamente. A razão é que nenhuma dessas coisas existe; elas são simplesmente ausências de alguma coisa, assim como a escuridão é ausência da luz.
Então o que você faz quando não quer que o quarto esteja escuro? Você não faz nada diretamente com a escuridão – ou faz? Você não pode empurrá-la para fora. Não há possibilidade de criar algum esquema para que a escuridão desapareça. Você deve fazer algo com a luz. E isso muda toda a situação; e é por isso que eu chamo de um dos essenciais, de fundamentos. Você sequer toca a escuridão; você não pensa nela. Não há porquê; ela não existe, é somente uma ausência.
Então apenas traga luz ao local e você não encontrará mais a escuridão, porque ela era a ausência da luz, simplesmente a ausência da luz – não algo material, com o seu próprio ser, não algo que exista. Mas simplesmente por que a luz não estava lá, você teve a falsa sensação de existência da escuridão.
Você pode ir em frente lutando com a escuridão por toda a sua vida e não será bem-sucedido, mas somente uma pequena vela é suficiente para dispersá-la. Você precisa trabalhar pela luz porque é positivo, existencial; ela existe por si própria. E uma vez que a luz vem, qualquer coisa que era a sua ausência desaparece.
A solidão é similar a escuridão.
Você não conhece a sua solitude. Você não experienciou a solitude e sua beleza, o seu tremendo poder, a sua força. Solitude e solidão no dicionário são sinônimos, mas a existência não segue os seus dicionários. E ninguém ainda tentou fazer um dicionário existencial que não fosse contraditório à existência.
A solidão é ausência.
Por que você não conhece a sua solitude, existe o medo. Você se sente sozinho e então você quer se apegar a alguma coisa, a alguém, a algum relacionamento, só para manter a ilusão de que você não está sozinho. Mas você sabe que está – por isso a dor. Por um lado você está se apegando a algo que não é real, que é somente um arranjo temporário – um relacionamento, uma amizade.
E enquanto você está em um relacionamento você pode criar uma pequena ilusão para esquecer a sua solidão. Mas este é o problema: ainda que você possa esquecer por um momento a sua solidão, no momento seguinte você subitamente se torna consciente que o relacionamento ou a amizade não é permanente. Ontem você não conhecia este homem ou esta mulher, vocês eram desconhecidos. Hoje vocês são amigos – quem sabe o dia de amanhã? Amanhã vocês podem ser desconhecidos novamente – daí a dor.
A ilusão dá um certo consolo, mas não pode criar a realidade para que todos os medos desapareçam. Ela reprime o medo, então na superfície você se sente bem – ao menos você tenta se sentir bem. Você finge se sentir bem para si mesmo: quão maravilhoso é esse relacionamento, quão maravilhoso é este homem ou esta mulher. Mas atrás da ilusão – e a ilusão é tão fina que você pode ver através dela – há dor no coração, porque o coração sabe perfeitamente bem que amanhã as coisas podem não ser as mesmas… e elas não são as mesmas.
Toda a sua vida confirma que as coisas vão se modificando. Nada permanece estável; você não pode se apegar a nada em um mundo de mudanças. Você queria fazer da sua amizade algo permanente mas o seu querer está contra a lei da mudança, e esta lei não vai fazer exceções. Ela simplesmente vai em frente fazendo as suas coisas. Ela irá mudar – tudo.
Talvez no longo prazo você entenderá um dia que foi bom que ela não tenha te escutado, que a existência não se incomodou com você e foi em frente fazendo tudo o que queria fazer… não de acordo com o seu desejo.
Pode levar um pouco de tempo para você entender. Você quer que este amigo seja seu amigo para sempre, mas amanhã ele se torna um inimigo. Ou simplesmente – “Você se perdeu!” e ele não está mais com você. Alguma outra pessoa irá preencher a lacuna que é muito mais superior. Então, de repente você se dá conta que foi bom que a outra pessoa se mandou; de outro modo você estaria preso a ela. Mas mesmo assim a lição nunca vai fundo a ponto de você parar de pedir por permanência.
Você vai começar a pedir permanência com este homem, com esta mulher; agora isto não irá mudar. Você não aprendeu realmente a lição de que a mudança é a essência da vida. Você deve entendê-la e ir em frente com ela. Não crie ilusões; elas não irão ajudar. E todo mundo está criando ilusões de tipos diferentes.
O que estou tentando dizer é que todo o esforço que foi dirigido para evitar a solidão falhou, e irá falhar, porque é contra os fundamentos da vida. O que é necessário não é algo que você possa fazer para evitar a sua solidão. O que é necessário é que você se torne consciente da sua solitude, o que é a realidade. E é tão belo experienciá-la, senti-la, por que é a sua liberdade da multidão, do outro. É a sua liberdade do seu medo de estar sozinho.
Somente a palavra “solitário” imediatamente lembra a você de que é algo como um machucado: algo é necessário para preenchê-lo. Há uma lacuna e ela dói: algo precisa preenchê-la. A própria palavra “solitude” não possui o mesmo sentido de um machucado, de uma lacuna que precisa ser preenchida. Solitude simplesmente significa completude. Você é um todo; não há necessidade de nenhuma outra pessoa para completá-lo.
Portanto tente encontrar o seu centro mais íntimo, onde você está sempre sozinho, sempre esteve sozinho. Em vida, em morte – onde estiver, você estará sozinho. Mas é tão cheio – não é vazio, é tão cheio e tão completo, tão transbordante de todas as essências da vida, com todas as belezas e bênçãos da existência, que uma vez que você tenha experimentado a solitude, a dor no coração irá desaparecer. No lugar dela, um novo ritmo de tremenda doçura, paz, alegria, felicidade estará lá.
Isto não significa que um homem que está centrado em sua solitude, completo em si-mesmo, não possa fazer amigos – na verdade, somente ele pode fazer amigos, por que não é mais uma necessidade, é somente um compartilhamento. Ele tem tanto, ele pode compartilhar.
A amizade pode ser de dois tipos. Uma é a amizade em que você é um pedinte – você precisa de algo do outro para ajudar a sua solidão – e o outro também é um pedinte, ele quer o mesmo que você. E naturalmente, dois pedintes não podem se ajudar. Em breve eles perceberão que seus pedidos de um pedinte duplicaram ou multiplicaram a sua necessidade. Ao invés de um pedinte, agora são dois. E se, infelizmente, tiverem crianças, então ali haverá uma companhia completa de pedintes que estão pedindo – e ninguém tem nada a dar.
Então todos estão frustrados e bravos, e todo mundo sente que foi traído, enganado. E na verdade, ninguém está traindo e ninguém está enganando, pois o que você tem?
O outro tipo de amizade, o outro tipo de amor, possui uma qualidade totalmente diferente. Não é de uma necessidade, ele vem do enorme tanto que você tem que quer compartilhar. Um novo tipo de alegria brotou no seu ser – a do compartilhamento, que você antes não estava consciente. Você esteve sempre pedindo.
Quando você compartilha, o apego é impossível. Você flui com a existência, com a mudança da vida, por que não importa com quem você compartilha. Pode ser a mesma pessoa amanhã – a mesma pessoa por toda a sua vida – ou podem ser diferentes pessoas. Não é um contrato, não é um casamento; é somente a partir da sua plenitude que você quer dar. Então independente de quem seja que esteja perto de você, você dá. E dar é uma grande alegria.
Pedir é uma miséria tão grande. Mesmo que você consiga alguma coisa pedindo, você irá permanecer miserável. Isso machuca. Isso machuca o seu orgulho, machuca a sua integridade. Mas compartilhar o faz ficar mais centrado, mais orgulhoso, mas não mais egoísta – mais orgulhoso de que a existência tem sido mais compassiva com você. Não é ego; é um fenômeno totalmente diferente… um reconhecimento que a existência permitiu a você algo que milhões de pessoas têm tentado, mas na porta errada. Você esteve na porta certa.
Você está orgulhoso de sua felicidade e por tudo que a existência deu a você. O medo desaparece, a escuridão desaparece, o sofrimento desaparece, o desejo por outros desaparece.
Você pode amar uma pessoa, e se a pessoa amar outra não haverá ciúme algum, porque você amou a partir de tanta alegria. Não era um apego. Você não estava segurando a pessoa na prisão. Você não estava preocupado que a pessoa poderia escapar pelos seus dedos, que alguém poderia começar um relacionamento amoroso…
Quando você está compartilhando a sua alegria, você não cria uma prisão para ninguém. Você simplesmente dá. Você sequer espera gratidão ou agradecimento por que você não deu para receber algo, nem mesmo gratidão. Você está dando por que está tão cheio que precisa dar.
Então se alguém for agradecido, você é agradecido à pessoa que aceitou o seu amor, que aceitou o seu presente. Ela aliviou você, ela permitiu que você a regasse com sua abundância. E quanto mais você compartilha, quanto mais dá, mais você tem. Então isso não faz você um avarento, não cria um medo de “eu posso perder isso”. Na verdade, quanto mais você perde, mais águas frescas irão fluir de fontes que você não tinha consciência antes.
Por isso eu não vou dizer nada para você fazer com a sua solidão.
Procure por sua solitude.
Esqueça a solidão, esqueça a escuridão, esqueça o sofrimento. Eles são apenas as ausências da solitude. A experiência da solitude irá dispersá-los instantaneamente. E o método é o mesmo: apenas observe a sua mente, seja consciente. Se torne mais e mais cônscio, até que finalmente você seja somente consciência de si-mesmo. Este é o ponto quando você se torna consciente de sua solitude.”
trechos extraidos de The Path of the Mystic, capítulo 19.

OSHO


Primeiro, fique sozinho.
Primeiro, comece a se divertir sozinho.
Primeiro, amar a si mesmo.
Primeiro ser tão autenticamente feliz, que se ninguém vem, não importa; você está cheio, transbordando.
Se ninguém bate à sua porta, está tudo bem – Você não está em falta.
Você não está esperando por alguém para vir e bater à porta.
Você está em casa.
Se alguém vier, bom, belo.
Se ninguém vier, também é bom e belo
Em seguida, você pode passar para um relacionamento.
Agora você se move como um mestre, não como um mendigo.
Agora você se move como um imperador, não como um mendigo.
E a pessoa que viveu em sua solidão será sempre atraído para outra pessoa que também está vivendo sua solidão lindamente, porque o mesmo atrai o mesmo.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

【1489】 Marie Gabriella e Nicole Salmi - Gratidão

MANJERICÃO PARA HARMONIZAR O CHAKRA DO CORAÇÃO

Quarto Chakra – Coração

 

Anahata: Em Sânscrito significa "Invicto", "Inviolado".


Representa: Amor verdadeiro e incondicional, devoção, fé e bondade;

Localização: Plexo cardíaco, centro do peito, região do coração




Desequilíbrio Emocional:

  1. Depressão, angústia, desprezo, raiva e medo;

  2. Esgotamento, dificuldade para chorar ou choro frequente;

  3. Dificuldade em aceitar ajuda;

  4. Crise de identidade;

  5. Sensação de peito apertado;

  6. Pesar, irritação e melancolia amorosa;

  7. Incapacidade de amar e se emocionar;

 

Desequilíbrio Físico:

  1. Insônia;

  2. Problemas de coração e pulmonares;

  3. Distúrbios de pressão;

  4. Sistema imunológico ineficiente e dor de cabeça;

 

     Muitas questões como amor, tristeza, ódio, raiva, ciúme, temores de traição, de solidão, assim como a capacidade de curar a nós mesmos e outros estão centradas no quarto chakra.

 

MANJERICÃO PARA HARMONIZAR O CHAKRA DO CORAÇÃO



Usado como terapia chákrica, o uso do manjericão pode ajudar no equilíbrio e harmonização do Chakra cardíaco, e dessa forma, curar também todos os desequilíbrios físicos, mentais e espirituais, provenientes da desarmonia desse chakra.

 

     Assim como o Chakra do Coração é chamado de “o centro do amor incondicional”, o manjericão é conhecido como o “símbolo do amor”.

 

*Um chá de manjericão ajuda pessoas muito contidas a liberarem o amor.

 

*Esmague uma folha de manjericão e inale o cheiro: ajudará a clarear a mente e o caminho correto irá se revelar.

 

*Use sabonete de manjericão como ritual de autodedicação. Ajuda a aumentar a autoestima.

 

*Coloque 3 gotas de óleo essencial de manjericão no aromatizador para cessar: raiva, violência, abençoar e acalmar.

 

*O escalda-pés com manjericão é ótimo para quem está agressivo, com raiva e pronto para explodir.  


Nota: Este artigo refere-se à informações e práticas de terapias alternativas e complementares. Ele não substitui um especialista. Consulte sempre seu médico.












Namastê