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segunda-feira, 25 de abril de 2016

EGRÉGORA - FORÇA ESPIRITUAL COLETIVA

Egrégora provém do grego egrégoroi e designa a força gerada pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com qualquer finalidade. Todos os agrupamentos humanos possuem suas egrégoras características: todas as empresas, clubes, religiões, famílias, partidos, etc. Egrégora é como um filho coletivo, produzido pela interação "genética" das diferentes pessoas envolvidas. Se não conhecermos o fenômeno, as egrégoras vão sendo criadas a esmo e os seus criadores tornam-se logo seus servos já que são induzidos a pensar e agir sempre na direção dos vetores que caracterizaram a criação dessas entidades gregárias. Serão tanto mais escravos quanto menos conscientes estiverem do processo. Se conhecermos sua existência e as leis naturais que as regem, tornamo-nos senhores dessas forças colossais.
Por axioma, um ser humano nunca vence a influência de uma egrégora caso se oponha frontalmente a ela. A razão é simples. Uma pessoa, por mais forte que seja, permanece uma só. A egrégora acumula a energia de várias, incluindo a dessa própria pessoa forte. Assim, quanto mais poderoso for o indivíduo, mais força estará emprestando a egrégora para que ela incorpore às dos demais e o domine. A egrégora se realimenta das mesmas emoções que a criaram. Como ser vivo, não quer morrer e cobra o alimento aos seus genitores, induzindo-os a produzir, repetidamente, as mesmas emoções. Assim, a egrégora gerada por sentimentos de revolta e ódio, exige mais revolta e ódio. No caso dos partidos ou facções extremistas, por exemplo, são os intermináveis atentados. No das revoluções, freqüentemente, os primeiros líderes revolucionários a alcançar o poder passam de heróis a traidores. Terminam os seus dias exatamente como aqueles que acabaram de destronar (segundo Richelieu, ser ou não ser um traidor, é uma questão de datas). Já a egrégora criada com intenções saudáveis, tende a induzir seus membros a continuar sendo saudáveis. A egrégora de felicidade procura "obrigar" seus amos a permanecer sendo felizes. Dessa forma, vale aqui a questão: quem domina a quem? Conhecendo as leis naturais, você canaliza forças tremendas, como o curso de um rio, e as utiliza em seu benefício.
A única maneira de vencer a influência da egrégora é não se opor frontalmente a ela. Para tanto é preciso ter Iniciação, estudo e conhecimento suficiente sobre o fenômeno. Como sempre, as medidas preventivas são melhores do que as corretivas. Portanto, ao invés de querer mudar as características de uma determinada egrégora, o melhor é só gerar ou associar-se a egrégoras positivas. Nesse caso, sua vida passaria a fluir como uma embarcação a favor da correnteza. Isso é fácil de se conseguir. Se a egrégora é produzida por grupos de pessoas, basta você se aproximar e freqüentar as pessoas certas: gente feliz, descomplicada, saudável, de bom caráter, boa índole. Mas também com fibra, dinamismo e capacidade de realização; sem vícios nem mentiras, sem preguiça ou morbidez. O difícil é diagnosticar tais atributos antes de se relacionar com elas.
Uma vez obtido o grupo ideal, todas as egrégoras geradas ou nas quais você penetre, vão induzi-lo à saúde, ao sucesso, à harmonia e à felicidade.
Os antigos consideravam a egrégora um ser vivo, com força e vontade próprias, geradas a partir dos seus criadores ou alimentadores, porém independente das de cada um deles. Para vencê-la ou modificá-la, seria necessário que todos os genitores ou mantenedores o quisessem e atuassem nesse sentido. Acontece que, como cada um individualmente está sob sua influência, praticamente nunca se consegue superá-la.
Em miúdos, uma egrégora participa ativamente de qualquer meio, físico ou abstrato. Quando a energia é deliberadamente gerada, ela forma um padrão, ou seja, tem a tendência de se manter como está. No mais, as egrégoras são "esferas" (concentrações) de energia comum. Quando várias pessoas têm um mesmo objetivo comum, sua energia se agrupa e se "arranja" numa egrégora. Esse é um conceito místico-filosófico com vínculos muito próximos à teoria das formas-pensamento, aonde todo pensamento e energia gerada têm existência, podendo circular livremente pelo cosmo. Da mesma maneira, uma missa, um encontro de algumas pessoas (ou muitas) voltadas para promover um mesmo fim (a cura de alguém, o fim de um problema, a superação de uma perda) tem um grande poder de formação de egrégoras.
Uma casa que foi palco de cenas de um crime violento, uma tragédia ou algo do tipo ficará maculada para sempre com sua egrégora de dor, confusão e sofrimento. Dificilmente um futuro morador daquela casa não sinta as energias nefastas da egrégora local atrapalharem sua vida. Na radiestesia isso comumente é chamado de "memória de parede". Egrégoras atraem energia semelhante. A tendência para uma casa como essa é atrair mais crimes, perdas e dor, eternamente. Mesmo que seja demolida, e construída uma nova edificação sobre o local, ele estará maculado. Apenas uma egrégora de luz, paz, amor e harmonia mais forte que a anterior poderá anulá-la e fazer retroceder seus efeitos danosos.
Por isso que têm coisas que parecem não mudar nunca. Pessoas presas a suas vidas, seus problemas. Presas às suas egrégoras negativas. Só atrairão energia semelhante. Sua negatividade sempre aumenta.
Se assim considerarmos, existem muitos locais considerados sagrados no mundo. Certas matas, montanhas, construções... O que elas têm em comum? As pessoas acreditam ou acreditaram que elas eram sagradas, sobrenaturais, prodigiosas. Suas crenças alimentaram a egrégora desse local, que passou a adquirir essas características. Crer no sacro tornou-as sagradas.
Uma egrégora que confere poder a um amuleto. Você acredita que ele irá proteger-te. Ele adquire essa propriedade protetora, pois cria uma "Egrégora de Defesa".
Para algumas ordens herméticas, uma egrégora pode tomar "vida própria". Assim, uma "Egrégora Sacra" (de um local sagrado) fará de tudo para manter sua sacralidade, nem que tenha que liquidar as energias intrusas que perturbam seu padrão energético. Assim, ela tomaria o caminho de menor resistência para conseguir manter-se intacta, seja ele qual for. Por isso, egrégoras podem ser destrutivas e gerar problemas. Essa teoria é controversa, e o parágrafo a seguir trata de explicá-la melhor.
Egrégora é como um filho coletivo, produzido pela interação genética das diferentes pessoas envolvidas. Se não conhecermos o fenômeno, as egrégoras vão sendo criadas a esmo e os seus criadores tornam-se logo seus servos já que são induzidos a pensar e agir sempre na direção dos vetores que caracterizaram a criação dessas entidades gregárias. Serão tanto mais escravos quanto menos conscientes estiverem do processo. Se conhecermos sua existência e as leis naturais que as regem, tornamo-nos senhores dessas forças colossais.
Outro fator fundamental é o da incompatibilidade entre egrégoras. Como todo ser humano está sujeito a conviver com a influência de algumas centenas de egrégoras, a arte de viver consiste em só manter no seu espaço vital egrégoras compatíveis. Sendo elas, forças grupais, um indivíduo será sempre o elo mais fraco. Se estiverem em falta de sintonia umas com as outras, geram um campo de força de repulsão e se você está no seu comprimento de onda, ao repelirem-se mutuamente, elas rasgam-no ao meio, energeticamente. Dilaceram suas energias, como se você estivesse sofrendo o suplício do esquartejamento, com um cavalo amarrado em cada braço e em cada perna, correndo em direções opostas. Esse esquartejamento traduz-se por sintomas, tais como ansiedade, depressão, nervosismo, agitação, insatisfação ou solidão. Num nível mais agravado, surgem problemas na vida particular, familiar, afetiva, profissional e financeira, pois o indivíduo está disperso e não centrado. No grau seguinte, surgem neuroses, fobias, paranóias, psicopatologias diversas, que todos percebem, menos o mesclante. Finalmente, suas energias entram em colapso e surgem somatizações concretas de enfermidades físicas, das quais, uma das mais comuns é o câncer.
Isso tudo, sem mencionar o fato de que duas ou mais correntes de aperfeiçoamento pessoal, se atuarem simultaneamente sobre o mesmo indivíduo, podem romper seus chakras, já que cada qual induz movimento em velocidades, ritmos e até sentidos diferentes nos seus centros de força.
Com relação à compatibilidade, há algumas regras precisas, das quais pode ser mencionada aqui a seguinte: as egrégoras semelhantes são incompatíveis na razão direta da sua semelhança; as diferentes são compatíveis na razão direta da sua dessemelhança. Você imaginava o contrário, não é?
Todo o mundo se engana ao pensar que as semelhantes são compatíveis e ao tentar a coexistência de forças antagônicas, as quais terminam por destruir o estulto que o intentara.
Quer um exemplo da regra acima? Imagine que um homem normal tenha uma egrégora de família, uma de profissão, uma de religião, uma de partido político, uma de clube de futebol, uma de raça, uma de país e assim sucessivamente. Como são diferentes entre si, conseguem coexistir sem problemas. Aquele homem poderia ter qualquer profissão e qualquer partido político, torcer por qualquer clube e freqüentar qualquer igreja. Agora imagine o outro caso. Esse mesmo homem resolve ter duas famílias, torcer por vários clubes de futebol, pertencer a partidos políticos de direita e de esquerda ao mesmo tempo, exercer a medicina e a advocacia simultaneamente e ser católico aos domingos, protestante as segundas e judeu aos sábados!
Convenhamos que a pessoa em questão é psiquiatricamente desequilibrada. Não obstante, é o que muita gente faz quando se trata de seguir correntes de aperfeiçoamento interior: a maioria acha que não tem importância misturar aleatoriamente Yôga, Tai-Chi-Chuam, Reiki, Macrobiótica, Teosofia e quantas coisas mais se lhe cruzarem pela frente. Então, bom proveito mas muito cuidado na sua "salada" de egrégoras antagonistas! Uma ou mais dezenas de cursos e diplomas na parede não qualifica ninguém na seara espiritual. O que vale é a evolução dentro do que se propõe a fazer e bem. 
Texto: Mestre Swami Shankara
https://www.facebook.com/cursoselianecalfa/

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