- Por Sry Aurobindo -
É isto o fim de tudo o que fomos,
E tudo o que fizemos ou sonhamos?Um nome não lembrado e uma forma desfeita.
É isto o fim?
Um corpo apodrecendo sob a laje de pedra
Ou transformado em cinza pelo fogo.
Uma mente dissolvida, perdidos seus esquecidos pensamentos.
É isto o fim?
Nossas poucas horas que foram e não mais são,
Nossas paixões outrora tão elevadas,
Sendo zombadas pela terra tranqüila e a calma luz do sol.
É isto o fim?
Nossos anseios de elevação humana em direção a Deus
Passando para outros corações
Iludidos enquanto o mundo sorri para a morte e o inferno.
É isto o fim?
Caída está a harpa, ela jaz despedaçada e muda;
Está morto o invisível tocador?
Por que a árvore tombou onde o pássaro cantava,
Deve o canto também emudecer?
Aquele que na mente planejou e desejou e pensou,
Trabalhou para reformar o destino da Terra,
Aquele que no coração amou e suspirou e esperou,
Também chega ele ao fim?
O imortal no mortal é seu Nome;
Aqui uma divindade artista
Em formas mais divinas, sempre se remodela,
Sem vontade de cessar.
Até que tudo seja feito, para o que as estrelas foram criadas,
Até que o coração descubra Deus
E a alma se conheça. E mesmo então
Não há nenhum fim.
(Texto extraído do maravilhoso livro "Sabedoria de Sri Aurobindo" - Editora Shakti).
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