João era um folião incansável, pulava até ao som de radinho de pilha.
Fanático por carnaval, não perdia nada, saía na quinta e só voltava dias
depois da quarta de cinzas. Ia no bloco, na pipoca, camarote...
Fumava, cheirava, injetava, bebia todas e mais uns goles. Beijava muito, pegava muito e muito brigava. Era desses "malhados" com força física e mente tísica. Naquela terça, finzinho de folia, após distribuir muita pancada, uma punhalada certeira o levou ao chão. Sem nem se dar conta do próprio desenlace, abandonou o corpo e seguiu os derradeiros acordes daquele carnaval. Três carnavais passados e o Espírito festeiro prossegue, vampirizando
os desavisados, sorvendo as sensações, saciando-se nos vícios e desregramentos
dos incautos, manipulando violentos e inconsequentes, estabelecendo enfermiças
sintonias em dolorosas simbioses. Como ele, muitos outros, emergem das suas sombras
existenciais, para o "curtir" dos prazeres da matéria. Como "tal homem, tal Espírito",
atrás do trio elétrico, também vai quem já morreu.
Olá Elzinha!
ResponderExcluirMe sinto honrado quando meus textos são citados em outros Sites ou Blogs. Pois é sinal que o escrito encontrou ressonância na mente e no coração de alguém.
Só não gosto, quando omitem a autoria ou assumem-na como fizeram com meu poema: A pedra. Aí a admiração vira plágio e plagiador é uma figurinha abjeta e nefasta.
Um abração.
A ética acima de tudo!!
ExcluirGrande beijo amigo Antonio.
Ah o Carnaval, sentimentos mil.... programei um post sobre isso para segunda feira...
ResponderExcluirbom carnaval ;o)
Obrigada pela visita. Bom carnaval. Com certeza verei teu post.
ExcluirBjs
olá!Boa tarde!
ResponderExcluirGostei!
Assim, deve ser o espirito carnavalesco! Quem tem "encravado" em sua alma, deve ser assim mesmo!Sempre atrás do trio elétrico!
Boa quinta!
Beijos carinhosos!