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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Um Espírito carnavalesco





João era um folião incansável, pulava até ao som de radinho de pilha.
Fanático por carnaval, não perdia nada, saía na quinta e só voltava dias 
depois da quarta de cinzas. Ia no bloco, na pipoca, camarote...
Fumava, cheirava, injetava, bebia todas e mais uns goles. Beijava muito, pegava muito e muito brigava. Era desses "malhados" com força física e mente tísica. Naquela terça, finzinho de folia, após distribuir muita pancada, uma punhalada certeira o levou ao chão. Sem nem se dar conta do próprio desenlace, abandonou o corpo e seguiu os derradeiros acordes daquele carnaval. 
Três carnavais passados e o Espírito festeiro prossegue, vampirizando 
os desavisados, sorvendo as sensações, saciando-se nos vícios e desregramentos 
dos incautos, manipulando violentos e inconsequentes, estabelecendo enfermiças 
sintonias em dolorosas simbioses. Como ele, muitos outros, emergem das suas sombras 
existenciais, para o "curtir" dos prazeres da matéria. Como "tal homem, tal Espírito", 
atrás do trio elétrico, também vai quem já morreu.


5 comentários:

  1. Olá Elzinha!

    Me sinto honrado quando meus textos são citados em outros Sites ou Blogs. Pois é sinal que o escrito encontrou ressonância na mente e no coração de alguém.

    Só não gosto, quando omitem a autoria ou assumem-na como fizeram com meu poema: A pedra. Aí a admiração vira plágio e plagiador é uma figurinha abjeta e nefasta.

    Um abração.

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  2. Ah o Carnaval, sentimentos mil.... programei um post sobre isso para segunda feira...

    bom carnaval ;o)

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    Respostas
    1. Obrigada pela visita. Bom carnaval. Com certeza verei teu post.
      Bjs

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  3. olá!Boa tarde!
    Gostei!
    Assim, deve ser o espirito carnavalesco! Quem tem "encravado" em sua alma, deve ser assim mesmo!Sempre atrás do trio elétrico!
    Boa quinta!
    Beijos carinhosos!

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